
Coiote Coió (ou Willie Coiote, dependendo da tradução) e Papa-Léguas foram criados em 1949 por Chuck Jones. A inspiração veio dos clássicos desenhos de perseguição gato-rato (alguém mais pensou em Tom e Jerry?), com roteiros simples e violência absurda, mas inofensiva. Afinal, uma das leis que regem o desenho, assim como todos os desenhos super-violentos da época é que ninguém se machuca de verdade. Mesmo que o foguete ACME exploda, a ponta do precipício despenque e depois caia uma pedra em cima do Coiote, o máximo que acontece com o pobre carnívoro é ficar atordoado, humilhado e com aquela cara de desolação com os olhos em cacos, que já nos arrancou tantas risadas.
A história é simples, mas Chuck tinha criatividade de sobra para narrá-la muitas e muitas vezes, sempre de um jeito diferente e incansavelmente engraçado. No começo de cada episódio a ação parava e os personagens eram apresentados por seus nomes científicos (que mudavam a cada episódio), geralmente bastante eloqüentes sobre a personalidade de cada um, como Fastius tasty-us (fast = rápido e tasty = saboroso) e Apetitius giganticus - Papa-Léguas e Coiote, respectivamente (mas o meu nome preferido para o Coiote é Carnivorous vulgaris).
E... sabia dessa? O Papa-Léguas existe de verdade: é o Great Roadrunner (que não tem um nome científico tão engraçado assim: Geococcyx californiana), um pássaro grande e de pernas compridas que vive em áreas desérticas dos Estados Unidos.
Para um grupo de estudantes de comunicação da Universidade Federal da Bahia, o Coiote é um dos exemplos máximos da Lei de Murphy, ao lado do Cebolinha e do Homer Simpson. Afinal, se uma bigorna Acme pode cair na cabeça do Coiote, ela vai cair na cabeça do Coiote. Mas se você amarrar um gato nas costas do Coiote e jogar uma bigorna em cima deles... coitado. Ele vai ser arranhado pelo gato (que se safa) e cai de um precipício com a bigorna na cabeça. E o gato cai de pé. Beep Beep!
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